quarta-feira, 5 de maio de 2010



II

Turva-se a noite amargurada
Quando a flor, ventre de sementeira,
Racha e seca como terra desfolhada,
Chora e sofre lágrimas de poeira.

Turvam-se os dias em noites derradeiras
E os maternos olhares sem itinerários
Perdem-se nas noites dos dias solitários...

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XVI

Pude ver no seio da imaginação
Que a criação não é mera fantasia,
As esculturas transcendentais do artesão
São, talvez, a visão de outra moradia,
Outra população, cidade ou planeta...

Talvez seja a revelação para que a arte converta
O fel do mundo pela tinta de uma caneta!
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drika duarte
poemas do meu segundo livro, 70 vezes 7,
lançado recentemente.