segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Bandeja Repartida


Em cada esquina deste chão
Em cada piso, em cada vão
Dorme um ser regado pelo anil

Em cada quarto, em cada dor
Em cada medo, em cada flor
Há um sonho de amor para o Brasil

Pelas calçadas da ilusão
Rostos perdidos no que leva a mão
Vidas marcadas na contradição

Tantos olhos que passam sem ver
As vidas que morrem para renascer
Tantos filhos deste solo desigual

Farpas, armas, drogas, frutos do arsenal
Do futuro, do presente, do presidente
Da congregação onipotente

Senhores não me levem a mal
Meus versos são de cores
Para o congresso nacional

Senhores não me levem a mal
Minha arte é de vida
Meu coração é uma bandeja repartida
Para o sangue do jornal...
drika duarte_almas brancas

Um comentário:

Nivaldete disse...

últimos versos, principalmente, são muito bem 'achados'...