
Abrasa-me os olhos da poesia
Tanto, tanto que me derramo
E sei que nenhum finado ramo
Na minha imensa horta eu plantaria
Reconheço a tortura que me clama
Sei do gosto podre da doce lama
Sei do comando disparado da musa fúria
Que nos escraviza na rude injúria
Neste árduo lamento me contento
Em conter o meu triste descontentamento
E a minha luta me eterniza
Para equilibrar meu desvario
Enxugo minha fronte e encho o rio
Que lavra minha alma livre e concisa.
drika duarte_almas brancas
2 comentários:
nobre tecelã...
as tuas palavras me falem lembrar de como as manhãs do passado eram assustadoramente lindas, em virtude da insegurança do que era o futuro..
já o presente, este "memento mori", é o grande xis... a grande dúvida, se é que ele existe.
bjs.
correção:
me fazem lembrar (...)
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